sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Conselhos sobre A DIABETES


A DIABETES
1. Convém que saiba que a diabetes é uma doença em que, por metabolismo anormal devido à falta insulina ou por resistência à sua acção, sobe o açucar no sangue, aparece na urina e, se não for bem tratada, vem a complicar-se com lesões cardiovasculares (angina de peito, enfarte do miocárdio, insuficiência vascular cerebral), dos vasos da retina (perda de visão, dos nervos (neuropatia diabética), dos rins (piolonefrite, hipertensão arterial e esclerose renal) e dos membros inferiores (claudicação intermitente ou gangrena).
Em diabetes mais graves ou em doentes menos cuidadosos com o seu tratamento, podem ainda surgir situações de perda de consciencia (comas acidótico, hipersmolar ou hipoglicémico).
2. Convém também saber que há três tipos diferentes de diabetes:
a) diabetes insulino-dependente, de causa ainda mal conhecida, e de diagnóstico clínico laboratorial, que aparece em idades jovens, e obriga a tratamento constante com insulina: exige o acompanhamento por médico competente nesta disciplina, mas uma vez o doente educado, ele pode aprender a controlar a sau doença, auto-analizar-se, evitar a maior parte dos riscos, e fazer uma vida quase normal.
b) diabetes não insulino-dependente, que aparece no adulto, via de regra depois dos 40 anos, com causas múltiplas favorecedoras que são conhecidas, e que por isso permitem fazer a sua prevenção, felizmente com estilos de vida e atitudes e comportamentos semelhantes aos que recomendamos para as doenças cardiovasculares***, que aliás frequentemente acompanham:
· evitar obesidade
· aumentar a actividade fisica
· reduzir a quantidade de gorduras, e de açucar
· reduzir a ingestão de sal
· não fumar!
O diagnóstico faz-se pela verificação do aumento do açucar no sangue (glicémia) ou aparecimento na urina (glicosúria em analises ocasionais pedidas pelo médico, ou, mais precocemente, se incluirmos as analises de glicémia e/ou glicémia pós pradial no check-up obrigatório em familiares de diabéticos ou em doentes cardiovasculares ou em pessoas com colesterol ou triglicéridos elevados.
Numa fase inicial da doença pode só haver “tolerância diminuida à glicose” sem hiperglicémia nem glicosúria.
c) a diabetes gestacional que pdoe surgir na gravidez mas que frequentemente desaparece depois. Exige todavia tratamento especial, mantendo alguma vigilância depois do parto.
3. A prevenção primária da diabetes do adulto faz-se através de uma alimentação inteligente*, de uma vida com actividade fisica diária**, e da manutenção de um peso normal, dentro dos estilos de vida já recomendados para a prevenção das doenças cardiovasculares***.
4. A prevenção das complicações na diabetes já estabelecida (do jovem ou do adulto) implica a obediência aos conselhos anteriores e detecção precoce de doenças cardiovasculares por história e exame clínico (tensão arterial, pulsos periféricos, Rx Torax, Electrocardiograma e eventualmente outros exames cardiológicos, pois não é raro ter doença “silenciosa” )e ainda:
· detecção precoce de lesões da retina por oftalmologista
· detecção precoce de lesões neurológicas por neurologista
· detecção precoce de lesões renais por controlo frequente da tensão arterial e do sedimento renal e de pesquisa de micro-albuminúria.
5. Depois de todas estas informações sobre os perigos da diabetes e as suas complicações é importante acentuar duas coisas:
Primeira: a diabetes bem tratada, com a ajuda do próprio paciente, permite fazer uma vida que de resto será quase normal.
Segunda: as medidas de prevenção e os estilos de vida aconselhados para a diabetes do adulto, não só melhoram grandemente (pode até regredir) como, se associados a um tratamento correcto da própria diabetes (dieta, exercício e, se indicado, anti-diabéticos orais ou injectáveis), poderão evitar o aparecimento das inúmeras complicações de que falámos.
6. É importante insistir em que o valor de glicémia pode e deve ser analizado em exames de rotina, anuais ou bi-anuais, mas é mandatório fazê-lo (tal como a análise da glicémia após a refeição, ou uma prova de tolerância oral à glicose) em todos os familiares e diabéticos.
Do mesmo modo convirá fazê-lo em todos os doentes coronários ou com insuficiência vascular cerebral, sobretudo se hipertensos ou obesos, e em todas as pessoas com hipercolesterolémia, hipertrigliceridémia ou hiperuricémia.
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*ver conselhos sobre alimentação
**ver conselhos sobre actividade física
***ver conselhos sobre doenças cardiovasculares
7. As doentes que apresentam diabetes durante a gravidez (fazer prova de tolerância oral à glicémia no 6º, ou no 7º mês) devem continuar a ser vigiadas depois do parto, uma vêz que pode persistir, tanto na mãe como na criança, pelo menos uma certa intolerância à glicose.
8. Todos os médicos (clínicos gerais/médicos de família, ou especialistas) devem manter um registo dos seus doentes diabéticos, de acordo com as normas da Declaração de S. Vincent, obrigando-se a um acompanhamento periódico que pode implicar mesmo a sua chamada.
9. É aconselhavel que todo o doente diabético siga aulas de educação, não só para a saúde mas também (e não menos importante, senão mais) aulas de educação sobre diabetes, sua terapêutica, auto-controlo dos seus parâmetros biológicos e das necessidades nutritivas, e atempado reconhecimento das emergências (notadamente hipoglicémia) e do modo de lidar com elas.
10. Tendo em conta a gravidade da doença e a importância que tem o aprender a tomar conta dela, aconselho veementemente todas as pessoas com diabetes (ou mesmo simples intolerância à glicose) a juntarem-se a organizações de apoio a diabéticos, ou a criarem, onde quer que vivam, grupos de entre-ajuda.

Açúcar no sangue




O monitoramento do nível de açúcar no sangue é uma parte essencial do processo de tratamento da diabetes e monitorar a si mesmo freqüentemente é a chave para o bom controle da diabetes. Testar o açúcar no sangue (também chamado de glicose) permite a você controlar a sua alimentação, a sua medicação e o seu nível de atividades a fim de manter o açúcar no sangue em um nível saudável. 


Quando o nível de açúcar no sangue está muito alto, o nome dado é hiperglicemia. Se o nível de açúcar no sangue permanecer alto demais por muito tempo, haverá maior possibilidade de sérias complicações de curto e longo prazo afetarem o corpo todo. O baixo nível de açúcar no sangue, chamado hipoglicemia, pode causar sintomas indesejáveis com complicações perigosas. 


Foi comprovado que controlar minuciosamente o nível de açúcar no sangue pode prevenir, reduzir e também reverter algumas complicações de longo prazo associadas com a diabetes em até 60%. O controle preciso do nível de açúcar no sangue depende de monitoramento freqüente
Testar o açúcar no sangue várias vezes por dia pode ajudar você a entender os padrões e as variações associados a certos tipos de alimentos ou ao álcool, a doses específicas de medicamentos, ao seu nível de atividade e a doenças e fatores de estresse em casa ou no trabalho. Com essas informações, é possível descobrir o que funciona melhor (alimentos, exercícios, medicamentos ou insulina) para que você mantenha os níveis de açúcar o mais próximo possível da normalidade. Se você não testar seu nível de açúcar no sangue ou não testá-lo com freqüência, você nunca saberá se sua diabetes está realmente controlada.

Obtenha informações detalhadas sobre por que e como monitorar o açúcar no sangue e o impacto da monitoração no controle de sua diabetes nos artigos abaixo.
Benefícios do monitoramento do açúcar no sangue 
Agora você já sabe alguns fatores que afetam seu açúcar no sangue. Saiba mais informações específicas sobre a importância de monitorar seu açúcar no sangue.
Medidores de glicose
A maioria dos medidores de glicose, utilizados para monitorar o nível de açúcar no sangue, são fáceis e rápidos de usar. Saiba mais sobre como testar o nível de açúcar no sangue com esses aparelhos.
Como monitorar o açúcar no sangue
O processo para testar seu açúcar no sangue não é complicado, mas é importante. Saiba mais sobre como testar seu açúcar no sangue.
Entendendo os resultados dos exames de açúcar no sangue
Após testar seu nível de açúcar no sangue, você precisa saber o que significa o resultado. Saiba mais sobre como entender os resultados de seu teste de açúcar no sangue.
Hipoglicemia
Para os diabéticos, sofrer de baixo nível de açúcar no sangue, chamado de hipoglicemia, é algo que ocorre sempre. Porém, monitorar seu açúcar no sangue pode facilitar a determinação das causas prováveis, permitindo que você faça um rápido tratamento e prevenção. Saiba mais sobre hipoglicemia e seus sintomas. 
Hiperglicemia
Com o tempo, a hiperglicemia, ou elevado nível de açúcar no sangue, pode causar sérios danos a seu organismo. É importante monitorar seu nível de açúcar no sangue, mantendo-o na faixa saudável. Saiba mais sobre a hiperglicemia e como ela afeta seu organismo.
Teste da hemoglobina glicosilada (A1c)
Embora a auto-monitoração do nível de açúcar no sangue seja importante, ela apenas fornece uma amostra de seu nível de açúcar no sangue naquele exato momento. O teste A1c indica o desempenho na monitoração de seu nível de açúcar no sangue com o passar do tempo. Saiba mais sobre esse teste tão recomendado pelos médicos. 
Tiras para teste de urina
Quando seu nível de açúcar no sangue está baixo, seu corpo começa a queimar outros tipos de energia, o que produz toxinas que são removidas pelos rins. Saiba mais sobre como as tiras para teste de urina indicam seu nível de açúcar no sangue.
Para mais informações sobre diabetes em geral, acesse os links a seguir. 
  • Para saber mais sobre diabetes em geral, como diagnóstico, causas, sintomas e tratamento, leia Como funciona a diabetes.
  • O artigo Diabetes Tipo 1 contém mais informações sobre esse tipo de diabetes, também conhecido como "diabetes juvenil".
  • Para saber mais sobre a diabetes do tipo 2, que alcançou o nível de epidemia internacional, confira o artigo Diabetes Tipo 2.
Sugestões de dietas para diabéticos
Um dos aspectos mais importantes do tratamento e do controle da diabetes é monitorar os alimentos que você ingere. Porém, podem haver mais opções do que você imagina. Para saber mais sobre nutrição adequada e diabetes, acesse os links a seguir.
  • O artigo Dietas para diabéticos mostrará que grupos de alimentos são benéficos para diabéticos e quais devem ser evitados.
  • No artigo Receitas para diabéticos (em inglês) você encontrará refeições simples e saborosas que não interferirão em seu nível de açúcar no sangue.

Atendimento Especializado a Pacientes Diabéticos


Saúde bucal: aliada no controle da diabetes.
Dietas, uso de insulina, entre outros cuidados, fazem parte da rotina de muitos pacientes diabéticos como forma de controle do nível de glicemia.
Mas, e os cuidados com a higiene oral? A presença de glicose na saliva pode favorecer o crescimento de algumas espécies bacterianas, levando não só à infecção da gengiva como também ao aumento constante da glicemia em pacientes diabéticos.
O paciente diabético pode apresentar algumas manifestações bucais típicas da doença:
  • Doença periodontal;
  • Xerostomia – É a diminuição do fluxo salivar. Aumenta o risco de cáries devido à acidez do meio bucal, sendo às vezes recomendado o uso de saliva artificial;
  • Alteração de paladar;
  • Disfunção da glândula salivar;
  • Infecções oportunistas como a candidíase;
  • Ardência bucal – queimação na boca e na língua;
  • Aftas.
A doença periodontal é  uma infecção crônica que afeta as gengivas e o osso que suporta os dentes, podendo causar a perda dentária. Podemos citar dois tipos destas infecções:
  • Gengivite: a gengiva se torna vermelha, inchada e sangra com facilidade. É reversível com tratamento profissional e boa higiene oral;
  • Periodontite: É a forma mais severa da doença, em que os tecidos e ossos de suporte são atacados e destruídos, podendo levar a perda dental;
Não é reversível, porém a doença pode ser estabilizada com tratamento periodontal, que consiste em raspagens subgengivais e desinfecção completa da boca através de uma nova terapia denominada FULL MOUTH (descontaminar as arcadas em no máximo dois dias, para depois começar o tratamento propriamente dito).
Pacientes diabéticos com doença periodontal além de apresentarem sangramento gengival, apresentam pior controle metabólico que diabéticos com gengivas saudáveis. Infecções periodontais podem, como qualquer outro tipo de infecção, dificultar o controle da glicemia do paciente, devido ao fato de que uma infecção aguda pode dispor resistência à insulina, desencadeando um processo de hiperglicemia crônica.
Porém, por falta de orientação, muitos diabéticos desconhecem a importância de uma boa higiene oral, não imaginando que uma boca saudável pode se transformar em uma excelente aliada no controle da glicemia.
A Academia Americana de Periodontia e a Fundação Internacional de Diabetes afirmam que a saúde bucal tem importância relevante para a saúde do paciente diabético, uma vez que a doença periodontal pode  dificultar o controle da doença. Assim, os profissionais de odontologia e de medicina estão sendo motivados a trabalharem juntos.
Os profissionais de medicina devem esclarecer os pacientes sobre a importância da saúde bucal como forma de controle da glicemia e orieta-los a procurar um profissional de odontologia.
Uma vez orientado, o paciente diabético deve ficar atento ao atendimento no consultório odontológico, devendo o cirurgião-dentista seguir um determinado protocolo:
  • Perguntar ao paciente quais os medicamentos de uso frequente, pedir um hemograma completo e exame de glicemia em jejum;
  • Radiografias de boca completa para uma avaliação óssea;
  • Utilizar anestésicos sem vasos constritores, como a adrenalina, por exemplo. Esses tipos de anestésicos permanecem menor tempo na corrente circulatória evitando uma crise de hiperglicemia;
  • Orientação de higiene bucal na tentativa de contribuir para redução dos riscos de complicações bucais, uma vez que a doença periodontal é a complicação mais frequente do diabético, estando presente em 75% desses pacientes;
  • Tratamento periodontal e cirurgias devem preceder a administração sistêmica de antibiótico, melhorando o controle metabólico dos pacientes e a monitoração da glicemia antes, durante e depois dos procedimentos;
  • Consultas curtas, no início da manhã, evitando crises de hipoglicemia.
Assim, através da parceria médico-dentista, com esclarecimento e tratamento adequado, os pacientes serão beneficiados, tendo uma vida mais saudável.

sábado, 20 de novembro de 2010

A Historia do Burro

Um dia, o burro de um aldeão caiu num poço.
O animal zurrou fortemente durante algumas horas, enquanto o dono procurava ajuda para o retirar.
Não a encontrando, acabou por decidir que, sendo o burro já velho e estando o poço já seco, o melhor era tapar o poço e não valia a pena tirar o burro.
Convidou então todos os vizinhos para o ajudarem.
Cada um pegou numa pá e começaram a atirar terra para dentro do poço.
O burro, ao ver o que se estava a passar, começou desesperadamente a zurrar.
Mas, pouco depois, para surpresa de todos, calou-se, e só se ouvia o som das pazadas de terra a cair.
O aldeão, que ia olhando para o fundo do poço, ficou surpreendido com o que viu: o burro estava a fazer uma coisa incrível.
Sacudia a terra que lhe ia caindo nas costas e dava mais um passo para cima da terra.
Rapidamente, todos viram com espanto como o burro chegou à boca do poço, saltou por cima dos bordos e partiu a trotar…
A vida vai-te atirar muita terra por cima, terra de todos os gêneros.
O segredo para saíres do teu poço é sacudi-la e usá-la para dares um passo para cima.
Cada um dos nossos problemas é um degrau para subir.
Assim, podemos sair dos vazios mais profundos, se não nos dermos por vencidos…
Usa a terra que te atiram, para caminhares em frente.
(Autor desconhecido – Se souberes a autoria, por favor, me informe)

sábado, 30 de outubro de 2010

Nó de Carinho

Um pai, numa reunião de pais, explicou, com seu jeito humilde, que não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo, durante a semana.
Quando ele saía para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava dormindo.
Quando voltava do serviço era muito tarde e o garoto não estava mais acordado.
Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família.
Mas contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava se redimir indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa.
E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria.
Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo.
Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado.
O nó era o meio de comunicação entre eles.
A diretora ficou emocionada e surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de as pessoas se fazerem presentes, de se comunicarem com os outros.
Aquele pai encontrou a sua, que era simples, mas eficiente.
E o mais importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.
Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas que esquecemos o principal: a comunicação através do sentimento.
Simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais que presentes ou desculpas vazias.
É válido que nos preocupemos com as pessoas, mas é importante que elas saibam, que elas sintam isso.
Para que haja a comunicação, é preciso que as pessoas “ouçam” a linguagem do nosso coração, pois, em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.
É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro.
As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem registrar um gesto de amor.
Mesmo que esse gesto seja apenas um nó.
Um nó cheio de afeto e carinho.
(autor desconhecido)
Se souberes a autoria, por favor, me informe para que eu possa fazer referência.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O Caminho Certo



Lembre-se: na vida, há sempre muitas placas de sinalização. É fundamental estar atentos a essas placas, pois elas orientam nossa caminhada. Não adianta tentar destruí-las, trocá-las de lugar nem fingir que não as vemos.
A vida sempre nos avisa quando estamos no caminho errado. Às vezes, no entanto, nossa inconsciência nos impede de perceber o que estamos fazendo conosco mesmos. 

Adianta insistir em ir de São Paulo ao Rio de Janeiro pela rodovia Fernão Dias, que leva a Minas Gerais? É claro que não! Mas quantas vezes vemos isso acontecer com um motorista? 

Ele está lá, concentrado no volante, e as placas, durante o tempo todo, apontam a distância que falta para chegar a Belo Horizonte. Nem uma só vez aparece a distância que falta para chegar ao Rio de Janeiro. Mas ele segue em frente até que, de repente, a ficha cai: 

- Puxa! Peguei a estrada errada! 

Quantas vezes você fez algo parecido com sua vida? 

Você afundou o pé no acelerador e foi em frente. As placas de sinalização mostravam que estava na direção errada, mas você nem percebeu os sinais. Insistiu naquela estrada sem se dar conta de que estava entrando numa fria. Quando, enfim, percebeu que havia tomado o rumo errado, você ficou extremamente irritado e precisou pegar o primeiro retorno que encontrou. 

É sem dúvida raro o fato de que alguém permaneça dirigindo em uma estrada de rodagem errada por muito tempo, mas há quem fique eternamente em um caminho de vida que não lhe traz felicidade. Muitas placas mostram o caminho errado, mas a pessoa continua insistindo. Os filhos avisam, a insônia avisa, a vontade de beber, que cresce dia após dia, avisa... Mas ela permanece naquele caminho como um robô teleguiado. Ignora os sinais da vida e procura justificar seu comportamento. 
Existe um comportamento ainda pior: a destruição das placas de sinalização. É como se o viajante destruísse todas as placas que indicam que está a caminho de Belo Horizonte. Prefere destruí-las a parar e perguntar. Afasta-se dos verdadeiros amigos, que o avisam sobre o caminho errado, afasta-se do filho, que insiste em lhe mostrar que não está bem, isola-se do mundo, abandona a terapia. Lembre-se: a destruição das placas não elimina a dificuldade de criar felicidade em sua vida! 


Certa vez, um amigo meu se apaixonou por uma mulher totalmente destrutiva cujo único interesse era apropriar-se do dinheiro dele. A família e os amigos, eu inclusive, tentaram alertá-lo sobre o caráter da moça. Ele se distanciou de todos. 

Depois de algum tempo, já um pouco desconfiado de que havia algo errado, contratou um detetive que grampeou o telefone da moça e gravou suas conversas. Em uma delas, falando com uma amiga, a namorada revelou que não o amava e que, depois de pegar todo o dinheiro dele, passaria a viver com outro. Quando meu amigo me mostrou essa fita, pensei que deixaria a moça. Mas minhas esperanças foram vãs. Depois de alguns dias, ele começou a dar justificativas para a conversa da namorada. Teve muitas dores de cabeça até conseguir separar-se dela. 

Esse é o caso típico de alguém que está no caminho errado, quebra as placas e passa a justificar sua infelicidade. Cuidado!
É claro que, quando você decide trilhar um caminho, é importante escolhê-lo bem e manter-se nele com persistência. Se você, porém, perceber que está no caminho errado, será melhor mudar de rota. Faça o retorno mais próximo e comece tudo de novo! É muito mais proveitoso fazer isso do que seguir sofrendo eternamente.
Lembre-se: na vida, há sempre muitas placas de sinalização. São enxaquecas ou insônias freqüentes, distúrbios alimentares, dificuldades sexuais, pessoas que se aproximam ou se afastam, brigas eternas no casamento, um filho que apresenta problemas de desenvolvimento emocional, enfim, uma infinidade de ocorrências - algumas aparentemente banais, outras avassaladoras - que nos oferecem indícios do caminho que estamos trilhando. 

É fundamental estar atentos a essas placas, pois elas orientam nossa caminhada. Não adianta tentar destruí-las, trocá-las de lugar nem fingir que não as vemos. Todas essas são tentativas infantis de nos iludir, pois, se estivermos seguindo um caminho que não leva à plenitude, os avisos se tornarão cada vez mais freqüentes e intensos. No começo, sentimos uma angústia que se transforma em insônia e, de repente, torna-se depressão. E não adianta adiar o momento de mudar de estrada. Por mais que tentemos destruir os sinais, eles continuarão a aparecer à frente até tomarmos uma decisão e escolhermos outro rumo. 

Roberto Shinyashiki é conferencista e escritor.

Cuidado com os pés






Um dos problemas mais temidos pelos diabéticos são os problemas com pernas ou pés. No entanto alguns dos problemas graves do pé são passiveis de prevenção, caso sejam seguidas algumas regras básicas na educação dos pacientes. Estima-se que um em cada cinco admissões de pacientes diabéticos de longo tempo no hospital seja por lesões do pé e muitos desses pacientes tem uma história pregressa desses mesmos problemas.
As lesões do pé diabético ocorrem geralmente por uma combinação de neuropatia e doença vascular na extremidade inferior, podendo ser a característica do inicio do diabetes tipo 2. A neuropatia é um dos maiores fatores de risco para o pé diabético, pois ao tornar os pés insensíveis associada a doença vascular faz com que o diabético não sinta dor, o que faz com que ele não perceba o aparecimento de uma lesão ou úlcera grave. A pele grossa e seca do pé neuropático pode rachar-se facilmente e constituir uma porta de entrada para infecções. A infecção aumenta ainda mais a necessidade de suprimento sanguineo o que se agrava e se torna mais difícil com a presença da doença vascular.
O primeiro passo e mais importante é que o paciente diabético assim que diagnosticado sejam avaliados e orientados quanto aos cuidados na prevenção desses problemas. Diabéticos que já possuem complicações como neuropatia e doença vascular, fatores de risco já requerem uma educação especial quanto aos cuidados preventivos dos pés. Portadores de diabetes que não possuem um bom controle glicêmico estão mais susceptíveis a desenvolver complicações, o que aumenta consideravelmente o risco de ter esses problemas nos pés.

Prevenção
Um das áreas mais criticas na educação dos pacientes quanto aos cuidados com os pés é a providência de sapatos adequados, porque os sapatos podem ser um perigo para os pés diabéticos de forma geral, pior ainda para os pés insensíveis. Os sapatos são os maiores aliados dos diabéticos na prevenção dos pés além dos cuidados diários com os pés e o exame clinico realizado por parte do médico ou equipe médica para avaliar possíveis problemas realizados na consulta periódica.
 Observe seus pés diariamente e verifique se os mesmos não estão em atrito com os sapatos, pois isso evita a formação de bolhas, calosidades ou outras lesões
 Realize a higiene dos pés diariamente com sabonete neutro e água morna secando-os bem principalmente entre os dedos, em seguida passe um creme ou óleo hidratante 
 Apare sempre as unhas com corte reto, em seguida use a lixa para eliminar pontos salientes.
 Evite cortar os cantos das unhas, pois isso evita que encravem, dê preferência procure um podologo
 Dê preferência a meias de algodão
 Compre sapatos sempre no período da tarde ou noite, já que neste horário nossos pés ficam ligeiramente inchados.
Além dos cuidados, acompanhamento médico, controle glicêmico e toda forma de prevenção. O mais importante é que os diabéticosque têm de estar convencidos de que os cuidados regulares com os pés vão reduzir, e muito, a chance de eles virem a apresentar ulcerações e coisas ainda piores, como amputações.



Nutrição & Diabetes


As frutas são fontes de carboidratos simples (frutose), energia, água, fibras, sais minerais, vitaminas e até gordura (nutrientes essenciais para a manutenção da saúde).
As pessoas com diabetes devem consumi-las de acordo com as necessidades individuais.
A recomendação é semelhante à população em geral, ou seja, variar os tipos e evitar o consumo excessivo. As frutas de alto índice glicêmico devem ser consumidas como sobremesa, ou seja, nunca como componente único da refeição. Dentre elas: melancia, abacaxi, uva, banana, manga, laranja.
O número exato de porções que cada indivíduo deve consumir depende de uma série de fatores como idade, atividade física, necessidades nutricionais, controle glicêmico, etc.
A média de consumo varia de 3 a 5 porções/dia, sendo considerado uma porção: 1 banana pequena, 1 maça média, 1 pêra média, 1 fatia de mamão, 1 fatia de melão, 10 gomos de uva, 10 unidades de morango.
Vale lembrar que a resposta glicêmica é diferente quando se consome um suco natural, pois em pequeno volume de suco tem-se uma concentração maior de frutas, podendo até ultrapassar o recomendado para um dia.
É importante lembrar que toda alimentação deve ser individualizada respeitando o estágio de vida, estado nutricional, doenças associadas e tratamento medicamentoso.
Dicas:
1 - prefira frutas da estação, pois são de melhor qualidade e preço; 
2 - sempre que possível, consuma as frutas com casca, pois desta maneira o teor de fibras é maior e a resposta glicêmica é melhor, ou seja, a elevação da glicose sanguínea é mais lenta. 
3 - higienize as frutas que serão consumidas com casca; 
4 - varie os tipos de frutas. 
5 - não se apegue as crendices. Não existe fruta proibida e sim quantidade definida. 
6 - prefira frutas inteiras (1 porção) ao invés de suco, pois pequenos volumes de suco concentram várias porções de frutas; 
7 - consuma ao menos uma fruta cítrica ao dia para o aporte de vitamina C;
Consulte “sempre” um nutricionista
Débora Pracanica
Nutricionista Especialista em Nutrição Clinica, Orientadora em Diabetes.