sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Conselhos sobre A DIABETES


A DIABETES
1. Convém que saiba que a diabetes é uma doença em que, por metabolismo anormal devido à falta insulina ou por resistência à sua acção, sobe o açucar no sangue, aparece na urina e, se não for bem tratada, vem a complicar-se com lesões cardiovasculares (angina de peito, enfarte do miocárdio, insuficiência vascular cerebral), dos vasos da retina (perda de visão, dos nervos (neuropatia diabética), dos rins (piolonefrite, hipertensão arterial e esclerose renal) e dos membros inferiores (claudicação intermitente ou gangrena).
Em diabetes mais graves ou em doentes menos cuidadosos com o seu tratamento, podem ainda surgir situações de perda de consciencia (comas acidótico, hipersmolar ou hipoglicémico).
2. Convém também saber que há três tipos diferentes de diabetes:
a) diabetes insulino-dependente, de causa ainda mal conhecida, e de diagnóstico clínico laboratorial, que aparece em idades jovens, e obriga a tratamento constante com insulina: exige o acompanhamento por médico competente nesta disciplina, mas uma vez o doente educado, ele pode aprender a controlar a sau doença, auto-analizar-se, evitar a maior parte dos riscos, e fazer uma vida quase normal.
b) diabetes não insulino-dependente, que aparece no adulto, via de regra depois dos 40 anos, com causas múltiplas favorecedoras que são conhecidas, e que por isso permitem fazer a sua prevenção, felizmente com estilos de vida e atitudes e comportamentos semelhantes aos que recomendamos para as doenças cardiovasculares***, que aliás frequentemente acompanham:
· evitar obesidade
· aumentar a actividade fisica
· reduzir a quantidade de gorduras, e de açucar
· reduzir a ingestão de sal
· não fumar!
O diagnóstico faz-se pela verificação do aumento do açucar no sangue (glicémia) ou aparecimento na urina (glicosúria em analises ocasionais pedidas pelo médico, ou, mais precocemente, se incluirmos as analises de glicémia e/ou glicémia pós pradial no check-up obrigatório em familiares de diabéticos ou em doentes cardiovasculares ou em pessoas com colesterol ou triglicéridos elevados.
Numa fase inicial da doença pode só haver “tolerância diminuida à glicose” sem hiperglicémia nem glicosúria.
c) a diabetes gestacional que pdoe surgir na gravidez mas que frequentemente desaparece depois. Exige todavia tratamento especial, mantendo alguma vigilância depois do parto.
3. A prevenção primária da diabetes do adulto faz-se através de uma alimentação inteligente*, de uma vida com actividade fisica diária**, e da manutenção de um peso normal, dentro dos estilos de vida já recomendados para a prevenção das doenças cardiovasculares***.
4. A prevenção das complicações na diabetes já estabelecida (do jovem ou do adulto) implica a obediência aos conselhos anteriores e detecção precoce de doenças cardiovasculares por história e exame clínico (tensão arterial, pulsos periféricos, Rx Torax, Electrocardiograma e eventualmente outros exames cardiológicos, pois não é raro ter doença “silenciosa” )e ainda:
· detecção precoce de lesões da retina por oftalmologista
· detecção precoce de lesões neurológicas por neurologista
· detecção precoce de lesões renais por controlo frequente da tensão arterial e do sedimento renal e de pesquisa de micro-albuminúria.
5. Depois de todas estas informações sobre os perigos da diabetes e as suas complicações é importante acentuar duas coisas:
Primeira: a diabetes bem tratada, com a ajuda do próprio paciente, permite fazer uma vida que de resto será quase normal.
Segunda: as medidas de prevenção e os estilos de vida aconselhados para a diabetes do adulto, não só melhoram grandemente (pode até regredir) como, se associados a um tratamento correcto da própria diabetes (dieta, exercício e, se indicado, anti-diabéticos orais ou injectáveis), poderão evitar o aparecimento das inúmeras complicações de que falámos.
6. É importante insistir em que o valor de glicémia pode e deve ser analizado em exames de rotina, anuais ou bi-anuais, mas é mandatório fazê-lo (tal como a análise da glicémia após a refeição, ou uma prova de tolerância oral à glicose) em todos os familiares e diabéticos.
Do mesmo modo convirá fazê-lo em todos os doentes coronários ou com insuficiência vascular cerebral, sobretudo se hipertensos ou obesos, e em todas as pessoas com hipercolesterolémia, hipertrigliceridémia ou hiperuricémia.
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*ver conselhos sobre alimentação
**ver conselhos sobre actividade física
***ver conselhos sobre doenças cardiovasculares
7. As doentes que apresentam diabetes durante a gravidez (fazer prova de tolerância oral à glicémia no 6º, ou no 7º mês) devem continuar a ser vigiadas depois do parto, uma vêz que pode persistir, tanto na mãe como na criança, pelo menos uma certa intolerância à glicose.
8. Todos os médicos (clínicos gerais/médicos de família, ou especialistas) devem manter um registo dos seus doentes diabéticos, de acordo com as normas da Declaração de S. Vincent, obrigando-se a um acompanhamento periódico que pode implicar mesmo a sua chamada.
9. É aconselhavel que todo o doente diabético siga aulas de educação, não só para a saúde mas também (e não menos importante, senão mais) aulas de educação sobre diabetes, sua terapêutica, auto-controlo dos seus parâmetros biológicos e das necessidades nutritivas, e atempado reconhecimento das emergências (notadamente hipoglicémia) e do modo de lidar com elas.
10. Tendo em conta a gravidade da doença e a importância que tem o aprender a tomar conta dela, aconselho veementemente todas as pessoas com diabetes (ou mesmo simples intolerância à glicose) a juntarem-se a organizações de apoio a diabéticos, ou a criarem, onde quer que vivam, grupos de entre-ajuda.

Açúcar no sangue




O monitoramento do nível de açúcar no sangue é uma parte essencial do processo de tratamento da diabetes e monitorar a si mesmo freqüentemente é a chave para o bom controle da diabetes. Testar o açúcar no sangue (também chamado de glicose) permite a você controlar a sua alimentação, a sua medicação e o seu nível de atividades a fim de manter o açúcar no sangue em um nível saudável. 


Quando o nível de açúcar no sangue está muito alto, o nome dado é hiperglicemia. Se o nível de açúcar no sangue permanecer alto demais por muito tempo, haverá maior possibilidade de sérias complicações de curto e longo prazo afetarem o corpo todo. O baixo nível de açúcar no sangue, chamado hipoglicemia, pode causar sintomas indesejáveis com complicações perigosas. 


Foi comprovado que controlar minuciosamente o nível de açúcar no sangue pode prevenir, reduzir e também reverter algumas complicações de longo prazo associadas com a diabetes em até 60%. O controle preciso do nível de açúcar no sangue depende de monitoramento freqüente
Testar o açúcar no sangue várias vezes por dia pode ajudar você a entender os padrões e as variações associados a certos tipos de alimentos ou ao álcool, a doses específicas de medicamentos, ao seu nível de atividade e a doenças e fatores de estresse em casa ou no trabalho. Com essas informações, é possível descobrir o que funciona melhor (alimentos, exercícios, medicamentos ou insulina) para que você mantenha os níveis de açúcar o mais próximo possível da normalidade. Se você não testar seu nível de açúcar no sangue ou não testá-lo com freqüência, você nunca saberá se sua diabetes está realmente controlada.

Obtenha informações detalhadas sobre por que e como monitorar o açúcar no sangue e o impacto da monitoração no controle de sua diabetes nos artigos abaixo.
Benefícios do monitoramento do açúcar no sangue 
Agora você já sabe alguns fatores que afetam seu açúcar no sangue. Saiba mais informações específicas sobre a importância de monitorar seu açúcar no sangue.
Medidores de glicose
A maioria dos medidores de glicose, utilizados para monitorar o nível de açúcar no sangue, são fáceis e rápidos de usar. Saiba mais sobre como testar o nível de açúcar no sangue com esses aparelhos.
Como monitorar o açúcar no sangue
O processo para testar seu açúcar no sangue não é complicado, mas é importante. Saiba mais sobre como testar seu açúcar no sangue.
Entendendo os resultados dos exames de açúcar no sangue
Após testar seu nível de açúcar no sangue, você precisa saber o que significa o resultado. Saiba mais sobre como entender os resultados de seu teste de açúcar no sangue.
Hipoglicemia
Para os diabéticos, sofrer de baixo nível de açúcar no sangue, chamado de hipoglicemia, é algo que ocorre sempre. Porém, monitorar seu açúcar no sangue pode facilitar a determinação das causas prováveis, permitindo que você faça um rápido tratamento e prevenção. Saiba mais sobre hipoglicemia e seus sintomas. 
Hiperglicemia
Com o tempo, a hiperglicemia, ou elevado nível de açúcar no sangue, pode causar sérios danos a seu organismo. É importante monitorar seu nível de açúcar no sangue, mantendo-o na faixa saudável. Saiba mais sobre a hiperglicemia e como ela afeta seu organismo.
Teste da hemoglobina glicosilada (A1c)
Embora a auto-monitoração do nível de açúcar no sangue seja importante, ela apenas fornece uma amostra de seu nível de açúcar no sangue naquele exato momento. O teste A1c indica o desempenho na monitoração de seu nível de açúcar no sangue com o passar do tempo. Saiba mais sobre esse teste tão recomendado pelos médicos. 
Tiras para teste de urina
Quando seu nível de açúcar no sangue está baixo, seu corpo começa a queimar outros tipos de energia, o que produz toxinas que são removidas pelos rins. Saiba mais sobre como as tiras para teste de urina indicam seu nível de açúcar no sangue.
Para mais informações sobre diabetes em geral, acesse os links a seguir. 
  • Para saber mais sobre diabetes em geral, como diagnóstico, causas, sintomas e tratamento, leia Como funciona a diabetes.
  • O artigo Diabetes Tipo 1 contém mais informações sobre esse tipo de diabetes, também conhecido como "diabetes juvenil".
  • Para saber mais sobre a diabetes do tipo 2, que alcançou o nível de epidemia internacional, confira o artigo Diabetes Tipo 2.
Sugestões de dietas para diabéticos
Um dos aspectos mais importantes do tratamento e do controle da diabetes é monitorar os alimentos que você ingere. Porém, podem haver mais opções do que você imagina. Para saber mais sobre nutrição adequada e diabetes, acesse os links a seguir.
  • O artigo Dietas para diabéticos mostrará que grupos de alimentos são benéficos para diabéticos e quais devem ser evitados.
  • No artigo Receitas para diabéticos (em inglês) você encontrará refeições simples e saborosas que não interferirão em seu nível de açúcar no sangue.

Atendimento Especializado a Pacientes Diabéticos


Saúde bucal: aliada no controle da diabetes.
Dietas, uso de insulina, entre outros cuidados, fazem parte da rotina de muitos pacientes diabéticos como forma de controle do nível de glicemia.
Mas, e os cuidados com a higiene oral? A presença de glicose na saliva pode favorecer o crescimento de algumas espécies bacterianas, levando não só à infecção da gengiva como também ao aumento constante da glicemia em pacientes diabéticos.
O paciente diabético pode apresentar algumas manifestações bucais típicas da doença:
  • Doença periodontal;
  • Xerostomia – É a diminuição do fluxo salivar. Aumenta o risco de cáries devido à acidez do meio bucal, sendo às vezes recomendado o uso de saliva artificial;
  • Alteração de paladar;
  • Disfunção da glândula salivar;
  • Infecções oportunistas como a candidíase;
  • Ardência bucal – queimação na boca e na língua;
  • Aftas.
A doença periodontal é  uma infecção crônica que afeta as gengivas e o osso que suporta os dentes, podendo causar a perda dentária. Podemos citar dois tipos destas infecções:
  • Gengivite: a gengiva se torna vermelha, inchada e sangra com facilidade. É reversível com tratamento profissional e boa higiene oral;
  • Periodontite: É a forma mais severa da doença, em que os tecidos e ossos de suporte são atacados e destruídos, podendo levar a perda dental;
Não é reversível, porém a doença pode ser estabilizada com tratamento periodontal, que consiste em raspagens subgengivais e desinfecção completa da boca através de uma nova terapia denominada FULL MOUTH (descontaminar as arcadas em no máximo dois dias, para depois começar o tratamento propriamente dito).
Pacientes diabéticos com doença periodontal além de apresentarem sangramento gengival, apresentam pior controle metabólico que diabéticos com gengivas saudáveis. Infecções periodontais podem, como qualquer outro tipo de infecção, dificultar o controle da glicemia do paciente, devido ao fato de que uma infecção aguda pode dispor resistência à insulina, desencadeando um processo de hiperglicemia crônica.
Porém, por falta de orientação, muitos diabéticos desconhecem a importância de uma boa higiene oral, não imaginando que uma boca saudável pode se transformar em uma excelente aliada no controle da glicemia.
A Academia Americana de Periodontia e a Fundação Internacional de Diabetes afirmam que a saúde bucal tem importância relevante para a saúde do paciente diabético, uma vez que a doença periodontal pode  dificultar o controle da doença. Assim, os profissionais de odontologia e de medicina estão sendo motivados a trabalharem juntos.
Os profissionais de medicina devem esclarecer os pacientes sobre a importância da saúde bucal como forma de controle da glicemia e orieta-los a procurar um profissional de odontologia.
Uma vez orientado, o paciente diabético deve ficar atento ao atendimento no consultório odontológico, devendo o cirurgião-dentista seguir um determinado protocolo:
  • Perguntar ao paciente quais os medicamentos de uso frequente, pedir um hemograma completo e exame de glicemia em jejum;
  • Radiografias de boca completa para uma avaliação óssea;
  • Utilizar anestésicos sem vasos constritores, como a adrenalina, por exemplo. Esses tipos de anestésicos permanecem menor tempo na corrente circulatória evitando uma crise de hiperglicemia;
  • Orientação de higiene bucal na tentativa de contribuir para redução dos riscos de complicações bucais, uma vez que a doença periodontal é a complicação mais frequente do diabético, estando presente em 75% desses pacientes;
  • Tratamento periodontal e cirurgias devem preceder a administração sistêmica de antibiótico, melhorando o controle metabólico dos pacientes e a monitoração da glicemia antes, durante e depois dos procedimentos;
  • Consultas curtas, no início da manhã, evitando crises de hipoglicemia.
Assim, através da parceria médico-dentista, com esclarecimento e tratamento adequado, os pacientes serão beneficiados, tendo uma vida mais saudável.

sábado, 20 de novembro de 2010

A Historia do Burro

Um dia, o burro de um aldeão caiu num poço.
O animal zurrou fortemente durante algumas horas, enquanto o dono procurava ajuda para o retirar.
Não a encontrando, acabou por decidir que, sendo o burro já velho e estando o poço já seco, o melhor era tapar o poço e não valia a pena tirar o burro.
Convidou então todos os vizinhos para o ajudarem.
Cada um pegou numa pá e começaram a atirar terra para dentro do poço.
O burro, ao ver o que se estava a passar, começou desesperadamente a zurrar.
Mas, pouco depois, para surpresa de todos, calou-se, e só se ouvia o som das pazadas de terra a cair.
O aldeão, que ia olhando para o fundo do poço, ficou surpreendido com o que viu: o burro estava a fazer uma coisa incrível.
Sacudia a terra que lhe ia caindo nas costas e dava mais um passo para cima da terra.
Rapidamente, todos viram com espanto como o burro chegou à boca do poço, saltou por cima dos bordos e partiu a trotar…
A vida vai-te atirar muita terra por cima, terra de todos os gêneros.
O segredo para saíres do teu poço é sacudi-la e usá-la para dares um passo para cima.
Cada um dos nossos problemas é um degrau para subir.
Assim, podemos sair dos vazios mais profundos, se não nos dermos por vencidos…
Usa a terra que te atiram, para caminhares em frente.
(Autor desconhecido – Se souberes a autoria, por favor, me informe)